quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Um novo tempo a de vir


Estamos iniciando o novo ano litúrgico e vivenciando o Advento do Senhor. Tempo de alegria e graça, o advento compreende as quatro semanas que antecedem o Natal, em preparação para o nascimento de Cristo Jesus. Este período litúrgico evoca a dupla vinda de Jesus Cristo: a verificada em Belém, quando Ele veio ao mundo, e a que ocorrerá no Seu regresso no Dia do Juízo. Por isso a característica deste tempo, com o qual começa o ano eclesiástico, é a purificação como preparação para receber “Aquele que está para vir”. *
Na aparição à Maria, o Anjo Gabriel disse que em breve ela daria à luz a um menino, o filho de Deus que viria para trazer luz ao mundo. Esse tempo de espera é caracterizado hoje como advento. Tempo de Luz. E a Igreja liturgicamente o representa com a cor roxa que simboliza
No advento há algumas simbologias, como a coroa do advento e usa-se a cor roxa. A coroa do advento é feita de ramos de abeto, com quatro velas (círios), que se acendem uma após a outra nos quatro domingos do advento.
As quatro velas da coroa representam cada uma das quatro semanas e são acesas em cada Domingo do Advento, sendo representadas nas cores verde, vermelha, branca e roxa.
A cor litúrgica desse tempo e a cor roxa que simboliza a espera da luz que virá, Jesus Cristo como fonte de salvação para todos. 


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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Advento: Tempo do homem, tempo de Deus


Dom Pedro Brito Guimarães
Arcebispo de Palmas (TO)

“Tudo tem seu tempo e sua hora e cada ocupação e obrigação tem seu tempo debaixo do céu” (Ecle 3,1). Estamos no tempo do Advento, tempo cronológico e teológico de preparação para o Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. O tempo, como a água, não tem cabelo para que se possa agarrá-lo e pará-lo. Por isto, às vezes, tem-se a impressão de que o tempo não passa, ou passa mais rapidamente do que queremos. Cada cultura tem o seu modo e a sua forma de contar o tempo. Há na cultura grega dois termos para se contar o tempo: o crono e o kairós. Com a contagem cronológica marca-se a sucessão das horas, dos dias, das semanas, dos meses e do ano. Este é o tempo quantificado. Esta contagem do espaço e do compasso do tempo, breve ou longo, é chamado de tempo do homem. Este tempo é comumente representado por o que falta para a morte, já que dela não se pode fugir. Com a contagem kairológica marca-se o tempo de Deus: a sua entrada, “invasão” e intervenção na nossa vida e na nossa história. Este tempo não pode ser medido, pois, não tem hora, nem semana, nem mês e nem ano para acontecer. É tempo qualificado e contemplativo, da graça, da oportunidade, da providência, da misericórdia, da esperança e da santidade. Este tempo é livre do peso, da carga, do cansaço, do estresse e da rotina do relógio, do calendário e da agenda.
Estes dois modos de medir o tempo, aqui no Cerrado, coincide com o período das mudanças climáticas: a chegada da estação das chuvas; das primeiras e das trocas das águas; das ninhadas, revoadas e cantatas dos pássaros e das aves, do acasalamento dos animais; das semeaduras, das variedades da tonalidade do verde e das floragens. É que o tempo do Avento é o tempo da fecundação e da gravidez de Maria, da Igreja e de cada um de nós. Gosto muito do tempo do Advento exatamente por causa disto. Combina com o meu biótipo, corporal e espiritual: me adéquo, me alimento e me rejuvenesço com este tempo: gosto de esperar, de me preparar e de expectativa, sou vigilante e creio nas promessas de Deus. Certa feita, uma moça me procurou, desesperada, porque o tempo passou e ela ainda não tinha encontrado a pessoa certa com quem se casar. Eu tentei acalmá-la e animá-la, dizendo-lhe que ainda não tinha chegado o tempo de Deus. Depois de um curto período de tempo, a encontrei novamente, agora casada com um homem de Deus. Foi o que Jesus disse à Maria: “a minha hora ainda não chegou” (Jo 2,4). E, por seus discípulos, nos diz: “o tempo chegou, se completou e o Reino de Deus está próximo: convertam-se e creiam no Evangelho” (Mc 1,15). E ainda: “venham a mim todos vocês que estão cansados e curvados pelo peso do fardo e eu lhes aliviarei e lhes darei descanso” (Mt 11,28).  Portanto, busquemos a Deus, enquanto Ele pode ser buscado e encontrado (Is 55,6-7); enquanto está disposto a nos perdoar; enquanto se encontra à porta de casa, de abraços abertos, para nos acolher como a filhos pródigos. Jesus continua chorando, às portas de Jerusalém, para que percebamos que a hora e o tempo da paz chegou (Lc 19,41). Ele continua batendo às nossas portas, se convidando para entrar em nossa casa e em nossa intimidade e fazer refeição conosco (Ap 3,20). 
Ninguém, por melhor que seja, está livre, dispensado, proibido e condenado a viver a cotidianidade no tempo e no espaço. Devemos nos ocupar e não nos preocupar com a comida, a bebida e o casamento (Mt 24,38). A pergunta mais inteligente, segundo Victor Frankl, não é: “o que eu ainda devo esperar da vida?” Mas é: “o que a vida pode ainda esperar de mim?” O tempo de Deus pede que o vivamos com leveza, suavidade, gratuidade e sem o exagerado peso dos compromissos agendados, na busca incansável de autenticidade, crescimento e amadurecimento na fé, na vocação e na missão. O teólogo Anselmo Grün, acertadamente diz: “a maior oportunidade é a vida mesma, pela qual passamos quando tão somente planejamos e pensamos, em vez de vivermos”. O papa Francisco, na Evangelli Gaudium, faz uma bela e oportuna aplicação de uns princípios filosóficos para a nossa vida e o nosso tempo, cronológico e kairológico: “o tempo é superior ao espaço” (EG 222-225) = o tempo não cabe nos nossos espaços, pois, é maior. “A unidade prevalece sobre os conflitos” (EG 226-230) = é preferível a unidade, mesmo se perdemos a batalha, do que apostar nos conflitos. “A realidade é mais importante do que a ideia” (EG 231-233) = é perigoso viver somente no mundo das idéias, sem os pés na realidade. E “o todo é superior à parte” (EG 234-237) = quem tem o mais tem o menos, quem tem o menos não tem o mais. Um santo e abençoado Advento, cronológico e kairológico, para todos e todas! 

Fonte: http://www.cnbb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19893:advento-tempo-do-homem-tempo-de-deus&catid=372&Itemid=204

sábado, 26 de novembro de 2016

Dízimo: doar-se de coração


Atualmente fala-se muito sobre o Dízimo, a décima parte dos vencimentos, segundo a tradição da Igreja católica desde os tempos mais remotos.
Dízimo é a devolução a Deus de tudo que o cristão tem por detrimento de sua fé na Igreja. Assim, é dever de cada cristão batizado colaborar com as obras de Deus aqui na terra. Abraão foi o primeiro a doar o dízimo a Igreja, e doou de forma espontânea, livre e por iniciativa própria (Gn 14, 17-20). Com esse gesto ele mostra todos os dias aos cristãos católicos que ninguém deve se sentir obrigado a devolver o dízimo, mas que doe de coração, por que a Igreja não quer seu dinheiro. Ela quer a sua salvação. Por isso é importante a participação de cada pessoa, de cada dizimista nas missas para ofertar-se a Deus em sinal de gratidão e de devolução por tudo que de graça recebe da Igreja em comunhão com o Pai.
As Sagradas escrituras dizem que se deve devolver a 10% do que se ganha, contudo no livro de eclesiástico 35, 10-13, temos:
10.Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra os dízimos com alegria. 12.Dá ao Altíssimo conforme te foi dado por ele, dá de bom coração de acordo com o que tuas mãos ganharam, 13.Pois o Senhor retribui a dádiva, e recompensar-te-á tudo sete vezes mais. A Igreja necessita do dízimo para suas obras, no entanto ela não exige de seu fiel que se faça algo além do que está ao seu alcance. Dar de coração é retribuir o que recebe de Deus. Assim, cabe a cada cristão fazer um exame de consciência e reservar Deus não o que sobra, mas o que é de direito. Respeitar as doutrinas e ouvir o seu pastor. Não é para deleite do padre que se doa o dízimo, então é de bom senso achar que se deve devolver uma simples contribuição por que a igreja é rica e o padre não precisa de “dinheiro”. Não é para o padre que se doa. Cada fiel deve se catequizar mais para sentir-se um cristão conforme orienta a sua Igreja.
Deus não quer esmolas, Ele não precisa disso. Ele quer segundo o que o seu coração pode lhe ofertar.
Aquele que oferece a flor da farinha dá graças, e o que usa de misericórdia oferece um sacrifício (Eclesiástico 35, 4).
                                                                      



domingo, 6 de novembro de 2016

FORMAÇÃO LITÚRGICA – AS PARTES DA MISSA: RITOS INICIAIS


Os ritos que precedem a liturgia da palavra, isto é, entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie, Glória e oração do dia, têm o caráter de exórdio, introdução e preparação.
Sua finalidade é fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembleia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.
Em certas celebrações que, de acordo com as normas dos livros litúrgicos se ligam com a Missa, omitem-se os ritos iniciais ou são realizados de um modo próprio.
Entrada
Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com o diácono e os ministros, começa o canto da entrada. A finalidade desse canto é abrir a celebração, promover a união da assembleia, introduzir no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e acompanhar a procissão do sacerdote e dos ministros.
O canto é executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou pelo cantor e pelo povo, ou só pelo grupo de cantores. Pode-se usar a antífona com seu salmo, do Gradual romano ou do Gradual simples, ou então outro canto condizente com a ação sagrada e com a índole do dia ou do tempo, cujo texto tenha sido aprovado pela Conferência dos Bispos.
Não havendo canto à entrada, a antífona proposta no Missal é recitada pelos fiéis, ou por alguns deles, ou pelo leitor; ou então, pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la a modo de exortação inicial (cf. n. 31).
Saudação ao altar e ao povo reunido
Chegando ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com uma inclinação profunda.
Em seguida, em sinal de veneração o sacerdote e o diácono beijam o altar; e o sacerdote, se for oportuno, incensa a cruz e o altar.
Executado o canto da entrada, o sacerdote, de pé junto à cadeira, junto com toda a assembleia faz o sinal da cruz; a seguir, pela saudação, expressa à comunidade reunida a presença do Senhor. Esta saudação e a resposta do povo exprimem o mistério da Igreja reunida.
Feita a saudação do povo, o sacerdote, o diácono, ou um ministro leigo, pode com brevíssimas palavras introduzir os fiéis na Missa do dia.
Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos
 Roma - 2002





quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Datas comemorativas do mês de novembro na Igreja Católica

01 – Todos os Santos

A solenidade do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos e também os desconhecidos. Esta festa é celebrada pelos crentes de muitas das igrejas da religião cristã. O Papa Gregório III dedicou uma capela em Roma a Todos-os-Santos e todos os anos, em 1º de novembro eles são homenageados.

02 – Finados

Nesta data os cristãos celebram a memória dos fieis defuntos. As missas celebradas nos cemitérios lembram os falecidos. Em Roma é celebrada uma missa pelo papa em intenção por todos os cardeais e bispos falecidos durante todo o ano.
Na Paróquia acontece missas nos cemitérios da Vila Gravatá e no Cemitério São Sebastião, na cidade onde após as missas o padre faz asperge os túmulos em sinal de bênção. 

21 -  Apresentação da Santíssima Virgem

Apresentação da Virgem Maria é o nome de uma festa litúrgica celebrada pela Igreja Católica. A festa está associada com um evento que não está relatado no Novo Testamento, mas no apócrifo Evangelho de Tiago. De acordo com o relato, os pais da Virgem MariaJoaquim e Ana, que não podiam ter filhos, receberam uma mensagem de que teriam um filho e Como agradecimento pela graça da filha que lhes veio, eles a levaram ainda pequena para o Templo em Jerusalém para consagrá-la a Deus. Mais tarde, Maria torna-se a “Escolhida” e a Ela é confiada gestação do Salvador.
  
Cristo, Rei do universo


A Igreja Católica romana de acordo com seu calendário geral celebra no dia 27 de novembro em 2016 a Festa de Cristo Rei, o rei do universo. A festa foi criada pelo Papa Pio XI em 1925 e marca a passagem do calendário litúrgico.
De acordo com o rito católico romano, é chamado de "Ano Litúrgico" ou "Ano Cristão", no momento que vão desde o primeiro domingo do Advento e na última semana do Tempo Comum, durante o qual a Igreja celebra todo o mistério de Cristo, desde o nascimento até a sua segunda vinda

Adaptados da internet.