Dando continuidade a
série de textos voltados para a formação litúrgica, vamos entender este mês um
pouco sobre o “Culto da Comunidade Apostólica”:
Os cristãos continuaram a
participar da oração litúrgica do Templo nos grandes momentos do dia (At
2, 46) (excluindo os sacrifícios) e, sobretudo, do ofício das orações e
leituras nas Sinagogas. Por outro lado iniciaram uma vida litúrgica própria com
formas novas:
O Batismo em nome de
Jesus: At 10, 48; 19, 5;
A fração do pão: 1Cor
10, 16-17; Lc 24, 30.35; At 2, 42.46 ;20, 7.11;
As orações diversas: Ef
5, 18-20; Col 3,16-17; Ap 4, 8-11, 5,9-14; 11, 15-18; 19, 1-8;
A imposição das mãos para
conferir o dom do Espírito Santo, junto com o poder de presidir a Comunidade;
A unção dos enfermos.
Um fato marcante para a
Liturgia do Novo Testamento foi a destruição de templo no ano 70 com a diáspora
dos judeus. O cristianismo se viu diante de uma situação nova, onde foi se
desligando do contato direto com a Liturgia hebraica, para construir sua
própria caminhada. Os sinais se fizeram sentir logo na estrutura catecumenal do Batismo (séculos II e III),
marcado por um processo que passava pela evangelização-fé-metanóia-Batismo.
A segunda grande
expressão da nova fé foi a Eucaristia dominical, que passou a ser o lugar
privilegiado de se celebrar o Cristo ressuscitado.
O lugar exato da Liturgia
é a economia da salvação, centrado no Mistério Pascal de Jesus Cristo,
pré-anunciado no Antigo Testamento, celebrado hoje e vivido definitivamente no
céu, tendo como símbolo a Eucaristia dominical, desde as origens, concebida
como Reunião (Assembleia) Dominical.